Durante
seu doutorado, por volta de 1909 na Universidade de Copenhague, Bohr
investigou as propriedades físicas dos metais, tendo como base a teoria
do átomo desenvolvida por Thomson em 1904. Ele mostrou que a dinâmica
clássica e a mecânica estatística aplicada ao átomo de Thomson,
apresentavam problemas para explicar algumas propriedades magnéticas
dos materiais. Logo depois do doutorado ele foi fazer um pós-doutorado
no Laboratório Cavendish, em Cambridge, sob a supervisão de Thomson.
Chegou em setembro de 2011, com a intenção de discutir com Thomson seus
resultados da tese de doutorado, mas Thomson sugeriu que ele fizesse
experimentos com raios catódicos, e seus afazeres não permitiam que ele
desse atenção a Bohr.
Decepcionado,
Bohr decide ir para Manchester, fazer seu pós-doutorado com Rutherford,
lá chegando por volta de março de 1912. Pouco depois de sua chegada ele
comunica a Rutherford que deseja trabalhar em questões teóricas, e não
experimental, como era do gosto de Rutherford. Foi então que o chefe
propôs que Bohr elaborasse a ideia que ele tinha tida a respeito da
constituição do núcleo, a partir dos experimentos com partículas alfa.
Além
de grande formador, Bohr teve grande importância social e política na
comunidade científica internacional. Assim como Thomson em Cambridge,
Bohr é considerado o pai da escola de física de Copenhague. Teve como
colaboradores, interlocutores ou orientandos as seguintes
personalidades importantes da história da física moderna: Hendrik
(Hans) Kramers (1894-1952), Oskar Klein (1894-1977), George de Hevesy
(1885-1966) e Werner Heisenberg (1901-1976).